O Cedro já secou totalmente em 1930, 1932, 1950 e de 1999 e tudo indica que serão repetidas as mesmas cenas em 2016.
Em agosto de 2009, população e órgãos públicos decidiram em audiência que as águas do Açude do Cedro não seriam mais utilizadas pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), para abastecer a cidade de Quixadá. Naquela época, Quixadá já recebia água do açude Pedras Brancas, enquanto a do Cedro serviam apenas para dá suporte.
O Açude é considerado um símbolo das obras de combate aos efeitos da seca do nordeste. Com o impacto das secas dos anos de 1877/79, o Governo Imperial, no ano de 1880, solicitou ao Engº. Jules Revy o estudo das melhores áreas e respectivos boqueirões para a construção de açudes. A barragem do Cedro teve seu primeiro projeto executado no ano de 1882 pelo mesmo Engº. Jules Revy. No ano de 1889, sob a direção do Engº. Ulrico Mursa, da Comissão de Açudes e Irrigação, após cuidadosos estudos locais, foram realizadas modificações no projeto original, que obtiveram aprovação oficial do governo. Iniciaram-se, então, a 15 de novembro de 1890, os trabalhos de construção da barragem, os quais só foram concluídos no ano de 1906, já então sob a direção do Engº. Bernardo Piquet Carneiro.
No dia 11 de setembro de 2016, o portal Revista Central registrou imagens do Cedro, quase dois meses depois, o cenário já se encontra diferente. Quem passa pelo local sente a tristeza de mais uma estiagem que assola o nordestino.
Açude Cedro registro em 11/09/2016
O Cedro foi o primeiro açude público do Brasil e hoje é um dos 327 administrados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), cuja atuação abrange os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.
Conforme dados do Dnocs, Em toda sua história ocorreram apenas seis sangrias. A primeira registrada foi em 1924, depois 1925, 1974, 1975, 1986 e 1989. Outra causa apontada para as poucas sangrias está no fato de que um grande número de pequenos açudes construídos à montante impedem que a água chegue até a barragem.
O Cedro já secou totalmente em 1930, 1932, 1950 e de 1999 e tudo indica que serão repetidas as mesmas cenas em 2016.
Com capacidade para 125.694.000M³, atualmente só tem 0,20% de sua capacidade, e tudo indica que chegará a zero até o fim de 2016.
Açude Cedro registro em 30/10/2016
O Açude do Cedro é candidato a receber o título de Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A solicitação foi feita pelo governo brasileiro, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A Lista Indicativa funciona como um instrumento de planejamento de preparação de candidaturas, assemelhando-se a um inventário, e é composta pela indicação de bens culturais, naturais e mistos, apresentados pelos países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco.
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