As investigações da Chacina da Grande Messejana desencadearam a maior prisão em massa de policiais da história do Ceará. Dos 45 militares denunciados pelo Ministério Público (MPCE) por suposta participação na matança, ocorrida há nove meses, em Fortaleza, 44 se tornaram réus no processo que apontará os culpados pelos crimes que deixaram 11 pessoas mortas e outras sete feridas. Os acusados se apresentaram ao Comando-Geral da PM, na manhã de ontem, na Capital.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que todos estão à disposição da Justiça. São eles um oficial (tenente) e 43 praças, incluindo sete sargentos, seis cabos e 30 soldados. Um segundo oficial, que havia sido denunciado pelo MP, não teve o nome incluído na lista de prisões pois a denúncia contra ele não teria sido aceita pela 1ª Vara do Júri. O POVO não teve acesso à lista com os nomes dos presos. Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), MPCE e SSPDS não forneceram os dados sob a justificativa de que o processo corre em “segredo de justiça”.
Enquanto as atenções do País estavam voltadas para o julgamento final do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT), um a um, os policiais se apresentavam espontaneamente no 5º Batalhão da PM, no Centro. Até o início da noite de ontem, das 44 prisões decretadas, 43 haviam sido efetivadas. Apenas um não havia chegado ao prédio, que é sede do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e onde funciona o presídio militar. Ele havia informado ao Comando-Geral, porém, que estava a caminho do local.
A decisão, tomada quase 300 dias após a chacina, foi recebida com revolta pela tropa. O clima de tensão, que antes era demonstrado através das redes sociais, tomou forma e eclodiu numa manifestação em frente ao 5º BPM. Em apoio aos colegas presos, cerca de 70 policiais, entre oficiais e praças, à paisana ou de serviço, acompanharam as prisões. Eles mencionaram possíveis reações, como paralisações e greve branca, e acusaram “interesse político” na efetivação das prisões a pouco mais de um mês das eleições.
A SSPDS, por sua vez, deu demonstrações de esforço para manter a corporação sob controle. Comandante-geral da PM, o coronel Giovani Pinheiro foi pessoalmente conversar com os policiais presos e seus familiares. Secretário-adjunto da pasta, o coronel Lauro Prado negou a efetivação de movimentos paredistas ou componente político na decisão judicial, mas confirmou tentativas de “conotações diferenciadas” das prisões no interior da tropa.
“Essa decisão não tem nenhum vínculo político. A análise da Justiça viria a qualquer tempo — hoje, amanhã ou muito depois. Algumas pessoas estão querendo dar outra conotação pra isso. Mas nada se resolve com a gente. É caso de Justiça”, defendeu. (Do O Povo Online)
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que todos estão à disposição da Justiça. São eles um oficial (tenente) e 43 praças, incluindo sete sargentos, seis cabos e 30 soldados. Um segundo oficial, que havia sido denunciado pelo MP, não teve o nome incluído na lista de prisões pois a denúncia contra ele não teria sido aceita pela 1ª Vara do Júri. O POVO não teve acesso à lista com os nomes dos presos. Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), MPCE e SSPDS não forneceram os dados sob a justificativa de que o processo corre em “segredo de justiça”.
Enquanto as atenções do País estavam voltadas para o julgamento final do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT), um a um, os policiais se apresentavam espontaneamente no 5º Batalhão da PM, no Centro. Até o início da noite de ontem, das 44 prisões decretadas, 43 haviam sido efetivadas. Apenas um não havia chegado ao prédio, que é sede do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e onde funciona o presídio militar. Ele havia informado ao Comando-Geral, porém, que estava a caminho do local.
A decisão, tomada quase 300 dias após a chacina, foi recebida com revolta pela tropa. O clima de tensão, que antes era demonstrado através das redes sociais, tomou forma e eclodiu numa manifestação em frente ao 5º BPM. Em apoio aos colegas presos, cerca de 70 policiais, entre oficiais e praças, à paisana ou de serviço, acompanharam as prisões. Eles mencionaram possíveis reações, como paralisações e greve branca, e acusaram “interesse político” na efetivação das prisões a pouco mais de um mês das eleições.
A SSPDS, por sua vez, deu demonstrações de esforço para manter a corporação sob controle. Comandante-geral da PM, o coronel Giovani Pinheiro foi pessoalmente conversar com os policiais presos e seus familiares. Secretário-adjunto da pasta, o coronel Lauro Prado negou a efetivação de movimentos paredistas ou componente político na decisão judicial, mas confirmou tentativas de “conotações diferenciadas” das prisões no interior da tropa.
“Essa decisão não tem nenhum vínculo político. A análise da Justiça viria a qualquer tempo — hoje, amanhã ou muito depois. Algumas pessoas estão querendo dar outra conotação pra isso. Mas nada se resolve com a gente. É caso de Justiça”, defendeu. (Do O Povo Online)
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