Com a medalha no peito e o sentimento de dever cumprido, a judoca Mayra Aguiar iniciou uma série de compromissos assim que deixou o pódio, na Arena Carioca 2. Foram muitas fotos e entrevistas e, pouco depois das 23h – cerca de seis horas e meia após vencer a cubana Yalennis Castillo na luta pelo bronze –, veio a última parada: uma festa em sua homenagem na Casa Time Brasil, com a presença da família, com quem finalmente poderia estar depois de um dia tão movimentado.
“Estou louca para vê-los. Vi minha mãe um pouquinho e pedi só um pouquinho de colo!”, disse a judoca pouco depois de chegar à Casa Time Brasil, localizada em um shopping na Barra da Tijuca. Mayra reconheceu e agradeceu a presença constante da família em sua carreira. “A família é assim: se eu parar com o judô e fizer balé, eles vão saber tudo de balé, vão acompanhar, se dedicar. Isso é muito bom para mim; em todos esses momentos, eles estão ali, nos bons e ruins, eles estão sempre me acolhendo. Família é tudo”, disse.
Antes de Mayra chegar ao local, a mãe Leila de Aguiar já aguardava a filha para a festa. Ela lembra da dificuldade que é apoiar um filho no caminho do esporte profissional, mas recomenda assim mesmo. “Incentivem [seus filhos]. Apesar de ser complicado, de ter gastos com viagem, com material, com tudo, ver a alegria deles é uma coisa que empolga. Então, claro que no começo foi complicado, a gente que pagava tudo, viagem, equipamento, remédio quando se machucava. É muito complicado no início”.
A família não é somente aquela que paga as despesas. Para a mãe de Mayra, já é um costume acompanhar as lutas da filha. “Apesar de ser uma coisa grandiosa, uma olimpíada, é uma coisa muito cotidiana pra gente. O dia inteiro numa arquibancada esperando a hora da luta, vendo ela ganhando ou perdendo. Isso tudo faz parte do cotidiano de 20 anos”, disse. “[Recebi] um abraço melado de suor, foi ótimo”, sorri, orgulhosa. (Da Agência Brasil) |
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