Alguns dos traficantes de drogas e armas, denunciados pelo Ministério Público Federal na Operação Cardume, teriam lavado dinheiro sujo do crime investindo até na construção de casas do programa federal Minha Casa Minha Vida. A informação é parte da delação premiada de Lindoberto Silva de Castro.
O delator, segundo investigação e testemunho do delegado federal Janderlyer Gomes de Lima à 11ª Vara Federal de Fortaleza, é um dos líderes de um “consórcio” de pelo menos cinco quadrilhas do Ceará que atuavam no tráfico de maconha, cocaína, crack e armas. Mercadorias compradas, principalmente, na Bolívia e no Paraguai, que movimentavam milhões em São Paulo, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Portugal e Itália.
Segundo Lindoberto de Castro, a lavagem do dinheiro do tráfico passava também pelos serviços de uma construtora que pertencia a outro traficante investigado na Operação Cardume. Sem detalhar, o preso afirmou que a empresa era responsável pelo fornecimento de cimento para o Minha Casa Minha Vida.
Na delação, Lindoberto revela que adquiriu, com o dinheiro do tráfico, pelo menos “20 veículos entre carros. Porém, teria perdido após sua prisão em 2012”. Dois deles, um Corola e um Ethios, teriam sido negociados para pagar a dívida da compra de “uma carreta”.
Na época do acordo de colaboração, novembro do ano passado, ele afirmou que também tinha uma Hilux, que se encontra apreendida, uma casa no município de Mangabeira (RN) e um sítio em Currais Novos (RN).
Em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, Lindoberto de Castro disse que também era dono de um viveiro de peixes. “Seria a atual e única fonte de rendado colaborador”, está escrito na delação. (Do O Povo Online)
Nenhum comentário:
Postar um comentário