Nos últimos dias o governador Camilo Santana anunciou várias novidades para a segurança pública do município de Quixadá, entre elas o Batalhão de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), que segundo o governador contará com 45 homens, 24 motos e duas viaturas.
O quer preocupa a população de Quixeramobim é que o governador não esclareceu de onde sairão esses policiais. Segundo fontes seguras de PMS que trabalham em Quixeramobim, cerca de 12 policiais que compõem o policiamento no município serão deslocados para o BP Raio, e em nenhum momento o comando informou se esses policiais serão substituído.
Dessa forma o município de Quixeramobim verá mais uma vez o retrocesso na segurança pública. Vale lembrar que a Delegacia de Polícia Civil funciona apenas em horário comercial, em situação precária. Outro momento de retrocesso foi à transformação de uma companhia provisória para um pelotão e depois para destacamento, ou seja, um regresso de 20 anos na segurança pública do município.
A reportagem do site O Sertão é Notícia conversou com alguns policiais que não quiseram se identificar. Grande parte reclamou da falta de apoio na cidade pelo governo. “Estamos trabalhando sem viatura, não temos como atender as ocorrências”, relatou um dos PMS. Outro militar disse que até agora não se tem nenhuma noticia da substituição dos colegas que irão para o BPRaio. “Sabemos que 12 policiais irão sair de Quixeramobim para compor o Raio, mais não temos a informação que eles serão substituídos, e outra preocupação é que o Raio vai passar somente algumas horas na cidade, e não será todo dia, pois irão atender toda a região”, completou.
Quixeramobim sempre foi esquecido pelo governo na área de segurança. Mesmo sendo um dos municípios de maior área territorial, a zona rural é abandonada. Moradores do sertão da terra de Antônio Conselheiro vivem trancados em suas residências com medo de assalto. Policiais lamentam a situação vivida e temem que venha a piorar. “As pessoas chamam a polícia, mais não sabem como tá a nossa situação, sem viatura, sem um grande efetivo, e cobram uma ação rápida que muitas vezes não temos como dar, isso nos deixa apreensivo, estamos de mãos amarradas”, comentou um PM. O site O SERTÃO É NOTÍCIA
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