sábado, 30 de janeiro de 2016

BARRAGEM DE QUIXERAMOBIM AGONIZA. COLAPSO TOTAL! A SECA CONTINUA CASTIGANDO IMPIEDOSAMENTE!



Por mais de meio século, constituiu-se na maior forte de abastecimento de uma população castigada pelas intempéries do tempo. Majestosa, cartão postal, enamorada do progresso, graciosa dádiva facilitadora na decisão da instalação de projetos futuros, que hoje, dizem respeito ao progresso do Quixeramobim.
Batizada generosamente de "mãe d'água", por ter matado a sede de milhares de pessoas residentes ou visitantes da região do sertão central do Ceará.

Hoje, século XXI, a situação é bastante desconfortável e complicada. O que antes fora a salvadora desses povos, a generosa mãe d'água, agoniza. Seca por mais de 120 dias, assoreada, maltratada pelo poder público e também pelas pessoas (lixo e degetos), que da mesma se utiliza por décadas. Quem visita ou passa  pela Barragem de Quixeramobim tem esse sentimento de abandono. As canoas, outrora meio de transporte e de subsistência através da pesca estão encalhadas na areia. O cenário é de seca braba, que nos remete a séculos passados, a seca do XV, imortalizada pela escritora Rachel de Queiróz.


O primeiro mês do ano está se findando, esperanças renovadas nos meses seguintes. Os prognósticos não são os melhores. Porém, como diz o dito Popular, a Esperança é a última que morre, vamos orar e pedir a Deus, que nos mande chuva, até porque, a prometida salvadora adutora do açude Pedras Brancas, se arrasta feito cobra pelo chão. Que a nossa Mãe D'água, embora significativamente assoreada, sirva de refrigério para aproximadamente cerca de 80 mil almas resistentes nas zonas urbana e rural do Quixeramobim, que possam respirar aliviadas, assim, livrando-se temporariamente dessa inclemente seca.


Crisanto Teixeira - Jornalista e Historiador

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