Se aprovada a proposta de corte de R$ 10 bilhões no orçamento do programa Bolsa Família, conforme proposta do relator Ricardo Barros (PP-PR), o Ceará será o quarto estado mais atingido do País. Projeção feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) divulgada nesta segunda-feira, 9, mostra que 1,6 milhão de pessoas sairiam do programa. Do total, 621.052 pessoas entrariam em situação de pobreza extrema.
Na tentativa de barrar o projeto do relator do Orçamento 2016 de cortar verba do Bolsa Família, o Governo Federal partiu para uma “batalha de números” contra a proposta. O objetivo é mostrar que, diante da crise econômica, o corte no programa reduziria em 23 milhões o total de beneficiários, dos atuais 47,8 milhões. Estados governados por opositores, como São Paulo, seriam os mais atingidos.
No Ceará o programa atende, atualmente, mais de três milhões de famílias e é responsável por movimentar R$ 175 milhões por mês no Estado. O corte no orçamento atingiria 469.849 famílias, num total de 1.621.709 pessoas fora do programa. Desse número, 198.850 famílias entrariam em situação de extrema pobreza, um impacto de 621.052 pessoas.
De acordo com o total de pessoas que seriam impactadas, o Ceará ocupa a quarta posição, atrás de São Paulo (2,9 milhões), Minas Gerais (2,5 milhões) e Bahia (2,2 milhões). A situação de pobreza atingiria principalmente a Bahia, com mais de um milhão de pessoas fora do programa.
Nas simulações do MDS, o critério do ministério para fazer o corte considera inicialmente as famílias beneficiárias que trabalham e têm maior renda dentro do programa e, depois, aquelas que só contam com o Bolsa Família como fonte de renda. Por isso, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Pernambuco ficam à frente. Por outro lado, estados mais pobres, como Piauí e Maranhão, teriam o menor corte.
Corte
A projeção do Governo foi encaminhada a Ricardo Barros, vice-líder do governo Dilma na Câmara, como parte da pressão para evitar que a proposta ganhe fôlego. O relator pretende cortar cerca de 35% dos 28,8 bilhões de verba prevista para o Bolsa Família para entregar um orçamento sem déficit. A diminuição atingiria 11,35% dos brasileiros.
A projeção do Governo foi encaminhada a Ricardo Barros, vice-líder do governo Dilma na Câmara, como parte da pressão para evitar que a proposta ganhe fôlego. O relator pretende cortar cerca de 35% dos 28,8 bilhões de verba prevista para o Bolsa Família para entregar um orçamento sem déficit. A diminuição atingiria 11,35% dos brasileiros.
Fonte: O Povo
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