Imersa em um contexto de crise financeira e descoberta de esquemas de corrupção, a Petrobras anunciou que vai reduzir o preço dos combustíveis no Paraguai a partir do dia 16 de fevereiro. A estatal brasileira é uma das principais fornecedoras no país vizinho. Atualmente vendida por, em média, R$ 2,97, a gasolina deve chegar a R$ 2,80 em território paraguaio.
Dentre os motivos para a diminuição do preço, a empresa destacou a cotação dos derivados do petróleo no mercado internacional, a variação do câmbio e a renovação gradual dos estoques do produto. Essa já é a quarta vez, neste ano, que a estatal reduz os preços do combustível no Paraguai.
Dentre os motivos para a diminuição do preço, a empresa destacou a cotação dos derivados do petróleo no mercado internacional, a variação do câmbio e a renovação gradual dos estoques do produto. Essa já é a quarta vez, neste ano, que a estatal reduz os preços do combustível no Paraguai.
Para o consultor da área de petróleo e energia Bruno Iughettti, a decisão da Petrobras é “uma questão concorrencial”. “Se ela não acompanhar a flutuação do mercado internacional, o Paraguai terá um leque de opções para buscar em outros países”, explica.
Queda do petróleo
Desde o fim do ano passado, o preço do petróleo vem caindo no mercado internacional, ocasionado, principalmente, pela economia frágil da Europa, China e Índia, que estão consumindo menos combustível, e pelo aumento da produção mundial – são dois milhões de barris a mais por dia. No mês passado, o barril chegou a ser negociado abaixo de US$ 45, o menor valor nos últimos seis anos.
Estatal precisa se recuperar
Enquanto isso, no Brasil, os consumidores sentem no bolso o peso do aumento do preço dos combustíveis. A elevação dos impostos impactou em R$ 0,22 sobre a gasolina e R$ 0,15 sobre o valor do diesel. “O preço que está sendo praticado aqui é a recomposição do caixa da Petrobras, depois desses anos de represamento de preços, e tem o impacto da volta da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico)”,diz Iughetti.
Segundo o especialista, para evitar a revisão dos preços dos combustíveis como deveria ocorrer, a Cide foi sendo reduzida, até chegar a zero. “Agora, eles tiveram que reconstituir essa tarifação”, acrescenta, lembrando que o imposto deve amenizar o desgaste de caixa na Petrobras.
Quando o cenário da estatal se estabilizar, avalia, é possível que o consumidor brasileiro volte a ser beneficiado com flutuações do mercado internacional de petróleo, como a que está ocorrendo. “Quando houver a queda do petróleo e, consequentemente, dos derivados no mercado internacional, terá efeito no preço do Brasil”, conclui.
Fonte: Diário do Nordeste
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