De Canindé a Parambu, de Acopiara a Pacajus, região do Vale do Curu, nas serras da Ibiapaba e de Baturité, e assim, podemos dizer em todos os quadrantes do estado nossas reservas hídricas são precárias. Açude de Banabuiú, 7% de sua capacidade; Fogareiro, em Quixeramobim, 4%; Cedro, em Quixadá, praticamente seco; açude de Pentecoste, 3%; açude Castanhão, o nosso maior reservatório, 25%; para ficarmos só nesses.
O drama do setor de piscicultura só não é maior porque o maior produtor de tilápia do Ceará, o açude Castanhão, fechou o ano com aumento de 25% na sua produção apenas no segundo semestre, em comparação com o primeiro deste mesmo ano.
Diante da gravidade da situação, os governadores do Nordeste, sobretudo os dos estados que serão beneficiados com a transposição do São Francisco, já deveriam estar, não a pedir, mas a exigir a conclusão imediata das obras (regime de urgência urgentíssima). O canal, em construção arrastada poderia, aqui no Ceará, abastecer o Castanhão e termos a garantia de água para o consumo de Fortaleza e as outras cidades através dos carros-pipa, enquanto são concluídas as obras do cinturão das águas.
Esta, a meu ver, é reivindicação muito mais fundamental para o Nordeste que a volta da CPMF. Esta é a pressão a ser feita por governadores e bancada federal do Nordeste junto ao Palácio do Planalto. As coisas para o Nordeste só andam, historicamente, na base da pressão.
Cirilo Pimenta
opiniao@opovo.com.br
Prefeito de Quixeramobim
Foto ilustrativa
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