Mais de 600 pacientes com problemas cardíacos e cerca de 3 mil sem doenças de coração participaram de um estudo sobre o tema. No fim, foram identificadas características genéticas presentes em 15% da população que justificariam o fenômeno.
“Beber moderamente por si só não gera o efeito protetor. Nem esse genótipo particular. Mas a combinação das duas coisas parece reduzir significativamente o risco de se ter problemas de coração”, afirmou o professor Lauren Lissner em nota divulgada pela universidade.
A característica genética em questão é a presença de um tipo específico da proteína de transferência de colesterol esterificado. Combinada ao álcool, essa variedade da proteína estimula a produção de HDL, tipo de colesterol que ajuda a remover o excesso de lipídios dos vasos sanguíneos.
Como só 15% das pessoas têm essa variedade da proteína, só elas seriam beneficiadas pelo efeito protetor do álcool para o coração.
“Nosso estudo representa um passo na direção certa”, afirmou o professor Dag Thelle, que participou do trabalho. “Mas muita pesquisa sobre o assunto ainda é necessária”, complementou ele.
Um artigo sobre o estudo foi divulgado na Alcohol, publicação de ciência especializada em biomedicina.
Fonte: Exame.com
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