Uma pesquisa divulgada nessa quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que há tolerância social à violência contra as mulheres e revela opiniões contraditórias em relação à percepção da sociedade sobre o problema. Enquanto 91,4% dos 3.810 entrevistados concordaram total ou parcialmente (78,1 concordaram totalmente) que maridos que batem em mulheres tem que ir para a cadeia, 65,1% afirmaram que mulheres que usam roupas que mostram demais o corpo merecem ser atacadas e 58,5% concordaram que se as mulheres soubessem se comportar, aconteceriam menos estupros.
Para a secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares, as opiniões refletem que a Lei Maria da Penha tem efetividade e que está acontecendo uma mudança cultural em relação à violência contra a mulher. “O resultado é positivo, pois existe uma aceitação do trabalho de enfrentamento à violência contra a mulher. Isso reflete uma mudança cultural. Uma pesquisa do Ibope disse que 96% da população tem conhecimento da Lei Maria da Penha. A lei não ficou morta, ela tomou vida, sobretudo com a criação dos juizados especiais de violência contra a mulher”, afirmou a secretária.
A coordenadora da ONG Bamidelê, Terlúcia Silva, também concorda que a Lei Maria da Penha teve uma função primordial no combate a violência. “Acho que a lei trouxe uma reflexão para a sociedade sobre um problema que era visto como um problema individual. A lei já cumpriu o papel simbólico de dizer que violência contra a mulher não é comum. Algumas pesquisas também informam que a lei deu mais visibilidade para que as mulheres procurem mais a delegacia para denunciar”, explicou Terlúcia.
Leia a matéria completa na edição desta sexta-feira (28) do jornal Correio da Paraíba
Portal Correio
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