O capitão da seleção brasileira na Street Child World Cup, uma competição internacional disputada por crianças de rua e criada por uma ONG inglesa, foi assassinado no Bairro Genibaú, na periferia de Fortaleza. Segundo informações da Polícia Civil, o adolescente de 14 anos foi atingido por cinco tiros, sendo três deles na cabeça, no dia 14 de fevereiro.
Segundo a polícia, Rodrigo Kelton estava a caminho de casa quando o atirador, em uma bicicleta, realizou os disparos. Ainda de acordo com a Polícia Civil, testemunhas foram ouvidas e buscas realizadas, mas as informações estão sendo mantidas em sigilo para não prejudicar as investigações.
O menino chegou a passar 45 dias em um centro para adolescentes infratores por prátca de furtos. Segundo o coordenador de projetos sociais da Associação Brasileira O Pequeno Nazareno, Adriano Ribeiro, antes de ser internado no centro socioeducativo para jovens infratores, Rodrigo chegou a viver na instituição O Pequeno Nazareno por três anos devido a problemas familiares envolvendo drogas.
‘A rua não perdoa’
“Rodrigo muito cedo tornou-se uma criança em situação de rua [...] A rua não perdoa, rouba a infância e, muitas vezes, a vida de inúmeros brasileiros. Ele foi acolhido por três anos na instituição [O Pequeno Nazareno]. Ao voltar para a família e para sua comunidade, não resistiu ao reencontro com a dura realidade. Cometeu um ato infracional e foi punido de acordo com a legislação brasileira” disse Ribeiro.
“Rodrigo muito cedo tornou-se uma criança em situação de rua [...] A rua não perdoa, rouba a infância e, muitas vezes, a vida de inúmeros brasileiros. Ele foi acolhido por três anos na instituição [O Pequeno Nazareno]. Ao voltar para a família e para sua comunidade, não resistiu ao reencontro com a dura realidade. Cometeu um ato infracional e foi punido de acordo com a legislação brasileira” disse Ribeiro.
Após ser liberado, o jogador voltou a ser acolhido pela instituição e foi escolhido para compor o grupo de nove jovens que vão representar o Brasil na competição internacional que reúne 19 países. “A Copa da Rua foi abraçada por ele como um caminho da integração social, mas o Brasil certamente perdeu mais uma batalha”, afimou Ribeiro.
“Ele era o capitão do time. Um bom atacante, fazedor de gols e admirador do jogador Neymar. O Estado brasileiro está perdendo todas as jogadas quando se trata de resolver a situação das crianças que moram nas ruas. De que vale sediar a Copa da FIFA e perder a copa da vida de nossas crianças que vivem nas ruas?”, disse o coordenador.
G1
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