Cerca de 500 moradores da cidade de Icó, na região Centro-Sul do Ceará, realizaram no fim da tarde desta sexta-feira (27) manifestação contra o elevado número de acidentes que vêm ocorrendo na CE 282. Para simbolizar as mortes na estrada, foram depositadas sobre o asfalto dezenas de cruzes. A via ficou interdita entre às 17 horas e às 18 horas.
O ato público teve por objetivo chamar a atenção das autoridades estaduais para a necessidade de ampliação da rodovia que é estreita, não tem acostamento e apresenta tráfego elevado de veículos.
A manifestação foi organizada pela sociedade civil de Icó e representantes de associações comunitárias, igreja, sindicatos, entidades de classe e instituições públicas participaram do protesto.
Os manifestantes conduziram cruzes de madeira, cartazes e faixas no ato público que teve como tema central ‘Pela valorização da vida em Icó’. Eles vão encaminhar ao Departamento Estadual de Rodovias (DER) documento solicitando o alargamento da rodovia, construção de ciclovia, redutores eletrônicos de velocidade e melhoria na sinalização.
De acordo com a organização do protesto, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 421 acidentes no trecho de cerca de seis quilômetros de extensão entre a Ponte Piquet Carneiro, sobre o Rio Salgado, e a localidade de Gama, no Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos. Desse total, foram registrados quatro óbitos.
“Esse trecho transformou-se na estrada da morte”, disse a contadora, Eliane Soares dos Santos, uma das organizadoras da manifestação. “O governo precisa atender as nossas reivindicações com urgência ou vai esperar mais mortes ocorrerem?”, indagou.
No próximo dia 11 de outubro, haverá nova manifestação na rodovia CE 282 entre Icó e Lima Campos.
DN Centro Sul
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