Dedin, amor a toda prova - Foto Crisanto Teixeira |
Sessenta anos e quatro meses, foi o tempo que durou no plano terreno, a relação de amor, união e cumplicidade entre Dedin e Caboclinha. Nossos personagens, católicos praticantes, tementes a Deus, da freguesia de Santo Antônio do Quixeramobim, investidos da condição de cidadãos simples, de uma comunidade construída há mais de III Séculos. Ele nascido há 85 anos e batizado com o nome em que recebeu o chefe da “Sagrada Família” JOSÉ. José Borges do Nascimento, aposentado e popularmente conhecido por “Dedinho”. Ela, batizada com o feminino do Padroeiro, Antônia Borges de Oliveira, aposentada e conhecida na cidade por “Caboclinha”. Uma história de amor que aconteceu nos sertões do Ceará, pautada pelo respeito e o compromisso, acima de tudo; atributos escassos no tempo presente.
Por ocasião da celebração litúrgica que marcou os sessenta anos de união conjugal, coube ao padre Jaime, a realização dessa honraria. Relata Dedin, que sempre o padre dizia que, essa seria a celebração, que o mesmo faria com muita satisfação, por ser raro um casamento perdurar por 60 anos. Ainda de acordo com Dedin, sua amada foi chamada para perto de Deus, em janeiro passado. O falecimento da Caboclinha trouxe ao nosso protagonista, muito sofrimento; homem de bem e de uma larga história de amor e dedicação a sua inseparável companheira. Para aliviar a saudade, Dedin mandou copiar uma foto, em que o casal celebra junto com o padre Jaime os 60 anos de união conjugal, para distribuir com os amigos. “Meu coração está doido, perdi minha amada, isso está sendo muito difícil para mim; a gente era muito unido, e na rua só andávamos de mãos dadas, éramos muito felizes...” declarou nosso protagonista com os olhos rasos de lágrimas.
Crisanto Teixeira – Jornalista.
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