A exemplo do ocorrido ontem em São Paulo, onde a tarifa de ônibus recuou em R$ 0,20, retornando ao valor anterior ao reajuste, o preço das passagens em Fortaleza também poderia sofrer redução. É o que aponta estudo apresentado pelo governo federal, que mostra que a tarifa da Capital cearense poderia ser R$ 0,16 mais barata.
Medidas
A Medida Provisória (MP 617), encaminhada pelo governo no dia 31 de maio ao Congresso Nacional, que isenta de PIS/Cofins os serviços de transporte coletivo, tem um impacto de 3,65% sobre o valor do faturamento das empresas, percentual, portanto, que deixa de incidir sobre o preço das passagens. No caso de Fortaleza, somente essa medida gera um impacto que permitiria reduzir em R$ 0,08 a tarifa de ônibus.
Essa redução equivale a 5,58% do faturamento das empresas. Deste percentual, entretanto, devem ser subtraídos 2% do recolhimento do tributo sobre o faturamento das empresas, chegando-se a um impacto de 3,58% de redução sobre as tarifas. Este efeito, em no caso de Fortaleza, equivale a uma redução de mais R$ 0,08, totalizando, com a outra medida, os possíveis R$ 0,16 de redução apontados pela pesquisa.
O Diário do Nordeste tentou falar com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, na tarde e na noite de ontem, através de sua assessoria de imprensa. Mas, em virtude do jogo da seleção brasileira na Arena Castelão, onde o prefeito se encontrava, não foi possível o contato.
Também foi procurado o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), para comentar a possibilidade de uma redução no preço da passagem, mas a assessoria de imprensa informou que a diretoria estava inacessível, pelo mesmo motivo do jogo de futebol.
A redução das passagens de ônibus teriam uma repercussão positiva na redução da inflação, que seria pressionada caso houvessem mais reajustes para cima nas tarifas das capitais brasileiras. Esta foi a justificativa dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em maio passado, ao anunciar a isenção do PIS/Cofins para o setor.
Sem aumento
Nesta ocasião, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus-CE), Dimas Barreira, informara ao Diário que, por conta desta isenção de imposto, as passagens do ônibus não subiriam, pelo menos, até novembro.
"Em janeiro passado, houve um aumento do diesel e atualmente já estamos negociando um reajuste para os motoristas, o que poderia causar um aumento das tarifas. Com a ação do governo, porém, está praticamente descartada qualquer revisão das taxas até novembro, quando fazemos o balanço geral do setor para definir os valores do ano seguinte", disse o presidente, há menos de um mês.
Com informações do Diário do Nordeste.
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