A equipe da Polícia Civil de Quixadá capturou um homem acusado de um assassinato no dia 23 de abril, na localidade de Guarujá, na zona rural de Quixadá. Segundo o delegado George Monteiro, à frente da operação policial, o acusado, Marcel Rogene Paiva tentou empreender fuga num automóvel Corsa quando percebeu a aproximação da equipe policial. Ele deu marcha ré em alta velocidade, mas a Polícia Civil estava com duas equipes. Dois veículos descaracterizados trancaram o quarteirão no bairro Alto São Francisco.
Ele acabou se rendendo. Foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas negou a autoria do crime.
Todavia, segundo George Monteiro, os indícios em desfavor do suspeito são fortes. Além de ligações telefônicas envolvendo Marcel e a vítima, José Valdenor de Sousa Filho, vulgo “Nego Filho”, o calibre das escopetas encontradas na casa do acusado é o mesmo da utilizada para desfigurar o rosto da vítima. Outro detalho observado pelo delegado está relacionado aos antecedentes criminais de “Nego Filho”. Há cerca de seis meses ele assassinou um rapaz, a pedradas e facadas, para roubar uma motocicleta Biz. Acabou encontrando a morte antes de ser condenado pela Justiça.
Essa foi a quinta ação realizada pelos policiais da Delegacia Regional de Quixadá nos últimos cinco dias. Na quarta-feira, 29, um dia antes do assassinato de dois usuários de drogas no mutirão do Campo Velho, um menor foi apreendido com outra escopeta e um revólver calibre 38. Ele foi o autor da tentativa de homicídio de um funcionário da Escola Padre José Vicente, em fevereiro do ano passado. A intenção do adolescente era eliminar o servidor municipal, ainda sob tratamento médico. Um comparsa dele, cujo nome não foi revelado, continua sendo procurado pela Polícia.
Apesar do esforço das polícias Civil, Militar e do Ronda do Quarteirão, o número de criminosos portando armas de fogo em Quixadá é elevado. Detalhes não foram revelados, mas uma megaoperação está sendo montada ao estilo “Tolerância Zero”. Na semana passada cinco pessoa pessoas morreram na cidade vítimas de armas de fogo, duas delas eram mulheres, uma com 25 e a outra com 15 anos. Para a Polícia há conivência dos familiares dos criminosos e dos vizinhos. Sabem da existência das armas, mas não denunciam, embora a maioria das apreensões ocorram através de denúncias anônimas.
Por: Alex Pimentel do Diário Sertão Central
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