Principal preocupação diz respeito à falta de condições dos produtores rurais de pagarem suas dívidas |
Crateús. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) está divulgando um relatório nominado "Propostas e Estratégias de Enfrentamento da Seca, com Ênfase no Ceará". O documento apresenta sugestões de políticas de enfrentamento - elaboradas pelo órgão - aos efeitos da estiagem que assola o Estado, considerada como a maior dos últimos 50 anos. Traz de forma ampla propostas de âmbito emergencial e de médio e longo prazo para serem desenvolvidas por órgãos da esfera federal e estadual, como forma de assistir os agropecuaristas e amenizar os efeitos da seca no Ceará.
O documento apresenta sugestões de políticas de enfrentamento - elaboradas pelo órgão - aos efeitos da estiagem que assola o Estado. Cisternas continuam sendo alternativa para moradores de municípios do Interior FOTO: ALEX PIMENTEL
As novas propostas de enfrentamento à seca apontam ações voltadas para os recursos hídricos, crédito e endividamento rural, segurança alimentar animal, cultivos de culturas, educação rural e seguro alimentar animal (como o seguro safra), para resguardar o produtor de prejuízos decorrentes da situação climática desfavorável que ciclicamente acomete o sertão cearense.
Endividamento
"As propostas mais importantes são as que tratam do endividamento rural sofrido pelo produtor rural, que trabalha no campo, castigado por duas secas sucessivas e a segurança alimentar animal, com ênfase na produção de forragem" destaca o presidente do órgão, Flávio Saboya, ressaltando que a produção de forragem demanda em torno de 90 dias e, em virtude disso a ação tem que ser iniciada com a maior brevidade possível.
Na última quinta-feira, o presidente da Faec apresentou o documento aos parlamentares cearenses na Assembleia Legislativa, durante audiência da Comissão Especial da Seca. Na sua explanação, Saboya apresentou à Comissão propostas como: reestruturação e ampliação da Defesa Civil do Estado, a implantação de unidades operacionais em diversos pontos do Estado e a reestruturação e ampliação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Destacou também como medida urgente a implantação do Programa Emergencial de Segurança Alimentar Animal, objetivando a produção de forragem para alimento dos rebanhos para que não haja perdas significativas em períodos de seca.
Saboya disse que a dívida dos produtores rurais nordestinos é da ordem de R$ 14 bilhões, e que a indústria automobilística teve um perdão de R$ 30 bilhões. Para ele, o pagamento da dívida como está sendo proposto pelos agentes financeiros é impagável, pois produtor rural vive um segundo ano de seca, perdeu grande parte de seu rebanho, de sua renda, e a economia terá sérios reflexos. Pediu a Assembleia Legislativa do Ceará que se una às demais Assembleias do Nordeste em torno desta e de outras demandas a fim de amenizar os efeitos da seca.
O deputado Wellington Landim, relator da Comissão, disse que pretende encaminhar ao executivo relatório de ações e sugestões da Comissão até o fim do mês de junho e o deputado Manoel Duca da Silveira, sugeriu implantar na segunda etapa do projeto de irrigação Baixo Acaraú, programa de forragem sugerido pela Faec, e culturas de produção rápida como feijão, mandioca, milho.
Participaram ainda da reunião, o presidente da Associação de Criadores do Ceará e vice-presidente da Faec, Paulo Hélder de Alencar Braga; o coordenador técnico do Senar-CE, Eduardo Queiroz; técnico da CNA, Edvaldo Brito; presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel; presidente da Ematerce, José Maria Pimenta; membros da Defesa Civil, Aprece, dentre outras instituições com atuação na área.
Segundo Flávio Saboya, da Faec, o endividamento rural é decorrente de uma política creditícia incompatível com a realidade do semiárido.
Mais informaçõesFaec
Rua Edite Braga, 50
Jardim América, Fortaleza
Telefone: (85) 3535.8000
SILVANIA CLAUDINOREPÓRTER Diário do Nordeste
O documento apresenta sugestões de políticas de enfrentamento - elaboradas pelo órgão - aos efeitos da estiagem que assola o Estado. Cisternas continuam sendo alternativa para moradores de municípios do Interior FOTO: ALEX PIMENTEL
As novas propostas de enfrentamento à seca apontam ações voltadas para os recursos hídricos, crédito e endividamento rural, segurança alimentar animal, cultivos de culturas, educação rural e seguro alimentar animal (como o seguro safra), para resguardar o produtor de prejuízos decorrentes da situação climática desfavorável que ciclicamente acomete o sertão cearense.
Endividamento
"As propostas mais importantes são as que tratam do endividamento rural sofrido pelo produtor rural, que trabalha no campo, castigado por duas secas sucessivas e a segurança alimentar animal, com ênfase na produção de forragem" destaca o presidente do órgão, Flávio Saboya, ressaltando que a produção de forragem demanda em torno de 90 dias e, em virtude disso a ação tem que ser iniciada com a maior brevidade possível.
Na última quinta-feira, o presidente da Faec apresentou o documento aos parlamentares cearenses na Assembleia Legislativa, durante audiência da Comissão Especial da Seca. Na sua explanação, Saboya apresentou à Comissão propostas como: reestruturação e ampliação da Defesa Civil do Estado, a implantação de unidades operacionais em diversos pontos do Estado e a reestruturação e ampliação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Destacou também como medida urgente a implantação do Programa Emergencial de Segurança Alimentar Animal, objetivando a produção de forragem para alimento dos rebanhos para que não haja perdas significativas em períodos de seca.
Saboya disse que a dívida dos produtores rurais nordestinos é da ordem de R$ 14 bilhões, e que a indústria automobilística teve um perdão de R$ 30 bilhões. Para ele, o pagamento da dívida como está sendo proposto pelos agentes financeiros é impagável, pois produtor rural vive um segundo ano de seca, perdeu grande parte de seu rebanho, de sua renda, e a economia terá sérios reflexos. Pediu a Assembleia Legislativa do Ceará que se una às demais Assembleias do Nordeste em torno desta e de outras demandas a fim de amenizar os efeitos da seca.
O deputado Wellington Landim, relator da Comissão, disse que pretende encaminhar ao executivo relatório de ações e sugestões da Comissão até o fim do mês de junho e o deputado Manoel Duca da Silveira, sugeriu implantar na segunda etapa do projeto de irrigação Baixo Acaraú, programa de forragem sugerido pela Faec, e culturas de produção rápida como feijão, mandioca, milho.
Participaram ainda da reunião, o presidente da Associação de Criadores do Ceará e vice-presidente da Faec, Paulo Hélder de Alencar Braga; o coordenador técnico do Senar-CE, Eduardo Queiroz; técnico da CNA, Edvaldo Brito; presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel; presidente da Ematerce, José Maria Pimenta; membros da Defesa Civil, Aprece, dentre outras instituições com atuação na área.
Segundo Flávio Saboya, da Faec, o endividamento rural é decorrente de uma política creditícia incompatível com a realidade do semiárido.
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SILVANIA CLAUDINOREPÓRTER Diário do Nordeste
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