domingo, 7 de abril de 2013

Coluna Amadeu Filho: atleta do Quixadá ganhou apelido de “Peito de aço”


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Memória do futebol quixadaense: “Luizinho Peito de aço” - símbolo da raça e do amor ao clube quixadaense.

"Depois de minha família, é do Quixadá Futebol Clube que eu mais gosto”. É assim, cheio de emoção que o ex-atleta “Luizinho Peito de Aço”, recebe a equipe de reportagem. E ainda foi mais longe ao afirmar que, se tivesse condições, ajudaria muito o time do seu coração.

Quando era jogador do Quixadá Futebol Clube, em muitas vezes jogava sem receber salário, inclusive comprava as suas próprias chuteiras. "Fiz tudo que pude, dediquei parte da minha vida ao Canarinho".  Pode-se afirmar, com certeza, que foi um dos atletas que mais se dedicou ao clube. Quantas e quantas vezes, mesmo saindo de campo contundido, voltava aos gramados para ‘brigar’ com os  seus colegas por uma vitória.
Por inúmeras vezes, colocou sua cabeça em meio aos pés de raivosos zagueiros. Ninguém metia medo ao "Peito de Aço", era verdadeiramente pura raça, dava mesmo o sangue pelo seu querido Quixadá. E a fiel torcida canarinha reconhecia isso e aplaudia Luizinho. Aliás, era grande a identificação do ex-artilheiro junto a torcida que via nele um atleta que jogava com garra, determinação, por amor mesmo ao clube.
Antes de ser profissional, Luizinho jogou em equipes amadoras, como o Salgado. Foi jogando nesta equipe que chamou a atenção de dirigentes do Quixadá Futebol Clube, em meados dos anos 70.  Jogou profissionalmente no período de 1975 a 1986, sempre se empenhando nos treinos e, em especial, nos jogos. Lembra com saudades dos companheiros de clube como Tim, Tomé, Airton Bulinho, Modáli, Tico, Mazinho, Zé Antônio, Lucivaldo, Helano, Eduardo, Dedé, Wal e muitos outros. Teve como treinadores, Freitinhas (um pai, segundo ele), Dema, Zé Carlos, Sóstenes, sempre teve o reconhecimento do mesmo pela dedicação, pelo amor, quase incontrolável, ao canarinho.
Contou ainda que, o seu jogo inesquecível foi contra o Fortaleza, anos 80, quando no finalzinho do jogo, num lance memorável, apareceu como um leão no meio da zaga e mandou bola para as redes, calando a imprensa e a torcida que veio de Fortaleza. Enfrentou grandes craques do futebol cearense como Amilton Melo, Zé Eduardo, Chinesinho, Josué, Lucinho, Edmar. Lembra de um momento quase folclórico, num jogo contra o Fortaleza, o zagueiro Pedro Basílio lhe recomendou: "Não chegue perto de mim, vá lá pro açude do Cedro, aqui você não faz gol". Luizinho levou aquilo na esportiva e no final do jogo, os dois saíram abraçados.
Quando encerrou a carreira, em 1986, não conseguiu se afastar do clube. Ficou tomando conta da sede, perto do estádio "Abilhão" por um bom tempo. Foi roupeiro, massagista, até garoto de recado.  O importante era estar próximo do Canarinho. Atualmente trabalha em um dos pontos comerciais no "Abilhão", frequentado por torcedores e amigos. Assim como Zé Maria foi o símbolo da torcida corinthianas, Rondinelli da galera flamenguista, Luisinho, símbolo da torcida vascaína, Luizinho Peito de Aço com sua garra, dedicação, amor à camisa, foi o grande ídolo e ícone da torcida canarinha.
O artilheiro se dedicava tanto no campo, correndo bastante, que, às vezes caía até por cima de juízes e bandeirinhas. Ganhou da torcida o outro apelido, "Jumento do Cedro". Quando assim o chamavam, era como um espinafre, e com certeza, era gol na certa.
Luís Sousa Barbosa, o Luizinho “Peito de Aço”, nascido no dia 3 de março de 1953. Luizinho iniciou sua carreira no próprio Quixadá, em 1975. Pelo clube, o “Peito de Aço” foi um dos cinco maiores artilheiros do ano de 1978 no estado do Ceará, juntamente com Marciano, Beijoca, Geraldinho e da Costa.
Acessando o blog Amadeu Filho você terá a oportunidade de conhecer mais histórias de Quixadá.
Amadeu Filho
Colunista da RC
Radialista Profissional
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