Já são 70 reservatórios no Ceará com menos de 30% de seus volumes totais, segundo boletim divulgado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), órgão ligado à Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado (SRH). Esse número de açudes equivale a mais da metade das 139 represas monitoradas pela Cogerh. Os 20 reservatórios em pior situação - com menos de 10% de capacidade, o que é considerado crítico pela Companhia - encontram-se em sete das 12 regiões hidrográficas em que está dividido o Ceará. A maior preocupação está voltada para o açude Madeiro, em Pereiro, no Médio Jaguaribe. Apenas 2,54% de seu volume ainda continua represada - no fim de fevereiro de 2012, eram 15,59% de seu volume. O segundo em pior condição é o Pirabibú, em Quixeramobim, cidade a 206,1 km de Fortaleza. Do dia 22 de fevereiro de 2012 até ontem, 15, seu volume saiu de 19,65% para 3,72%. O terceiro reservatório com menor volume fica em Mauriti, no sul do Estado. Restam apenas 3,86% de água no Quixabinha. Antes, em fevereiro do ano passado, seu volume era de 14,8%. No final da estação chuvosa de 2012, em maio, os reservatórios do Estado estavam com 66,21% de sua capacidade preenchida. Atualmente, são 45,64% de seu total. De acordo com o assistente da Diretoria de Operações da Cogerh e membro do Comitê Integrado de Combate à Seca, Gianni Lima, há grande variabilidade temporal e espacial das chuvas no Ceará de modo que, mesmo diante de quadra chuvosa com precipitações generosas, alguns açudes podem continuar com volumes críticos. As simulações realizadas pela Companhia, prevendo cenários onde não haja recarga através de chuvas ou de outros veios d’água, indicam que esses 70 reservatórios podem atingir, até o final do ano, o chamado volume morto, quando a pouca quantidade de água está em qualidade não aproveitável. O Ceará tem um déficit histórico entre a média anual de 700 mm de precipitações e os 2.000 mm de evaporação durante o mesmo período. Ao evaporar, resíduos vão se sedimentando no fundo dos reservatórios caso não sejam liberadas pelas galerias dos açudes. Milhã, Quiterianópolis, Itapajé e Tamboril são exemplos de municípios cujos reservatórios chegaram a níveis mínimos. Há ainda a possibilidade de que outras cidades do Interior, como Tauá, Crateús e Acopiara entrem em colapso caso os níveis de seus açudes não se restabeleçam. Lima afirma ainda que, com exceção das áreas no leste do Estado abastecidos pelo ainda inconcluso Eixão das Águas e reservatórios perenizados como o Orós e o Castanhão, todas as regiões são dependentes das chuvas para abastecimento. (Do O Povo Online) |
sábado, 16 de fevereiro de 2013
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