Ele era viúvo, morava sozinho e, provavelmente, na madrugada de sexta-feira teve a porta da sua residência arrombada pelo jovem Danilo Rodrigues da Silva, de 24 anos, com a intenção de roubar. A casa estava revirada e pode ter ocorrido luta corporal, mas os vizinhos disseram não ter ouvido barulhos. Ao confessar o latrocínio, contou ter atingido o comerciante que vendia relógios com um golpe de pau na cabeça. De fato, o rosto estava desfigurado e sinais de afundamento craniano.
O caçador disse à polícia ter encontrado o cadáver a partir de uma toalha suja de sangue deixada por Danilo às margens da rodovia logo após este desovar o corpo em uma ribanceira de aproximadamente 100 metros de altura. Ela fica em uma das curvas da Rodovia Padre Cícero à altura do Sítio Tabuleiro na zona rural de Caririaçu aonde estiveram familiares de “Seu Anjo” para fazerem o reconhecimento. Em nome de mais substancia para o futuro inquérito policial, o rapaz foi levado ao local.
O Tenente Bertoleza, Comandante da 3ª Companhia do 10º BPM, o conduziu com o apoio do Cabo Marcondes e dos Soldados Neumano, Oliveira e Santana. Ele confessou ter agido sozinho e que o matou a pauladas dentro de sua residência e ainda levou o corpo consigo na viagem até o ponto da desova. O encontro de Danilo com familiares de Seu Anjo não foi tranqüilo, pois se revoltaram ao vê-lo. Houve quem partisse na direção do mesmo para agredi-lo, mas teve o impedimento da polícia.
A família de Seu Anjo só tomou conhecimento do desaparecimento dele através de vizinhos que perceberam a presença de policiais no imóvel onde residia. Os militares tinham sido avisados pela polícia de Várzea Alegre após apreender em uma blitz o veículo Corolla de cor prata pertencente ao comerciante. O carro era dirigido por Danilo Rodrigues, cuja família mora em Várzea Alegre e este diz não ter residência fixa em Juazeiro.
Ele apresentava visíveis sinais de embriaguês e admitiu ter bebido negando ser usuário de drogas quando foi levado para a Delegacia. No interior do veículo, os PMS encontraram uma TV, outros pertences da casa do comerciante, cartões e os documentos dele e do Corolla. A conversa com o motorista foi cheia de contradições e, já hoje pela manhã e refeito das bebidas alcoólicas, ele disse que tinha comprado o carro na feira da troca em Juazeiro.
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