Animais andam de cabeça baixa a procura de alimento na terra seca - Foto Crisanto Teixeira |
A maior seca dos último 50 anos continua a trazer enormes prejuízos para a economia rural do nordeste brasileiro. O estado do Ceará é um dos mais afetados pela estiagem de 2012, com a agravante de que o inverno de 2013 ainda é uma interrogação. Os animais já não tem mais o que comer e por conta disso estão morrendo, para tristeza de seus proprietários. Na região do sertão central cearense, tido como a região mais seca do estado, destaca-se pelo criatório de gado vacum, ovinos, caprinos, entre outros. No município de Quixeramobim, a pecuária vem ao logo dessa seca sofrendo prejuízos incalculáveis, devido a morte dos animais, bem como na queda da produção do leite e seus derivados. Para os críticos, as ações prometidas pelo governo federal carecem de uma maior dinâmica na sua aplicabilidade, ou seja, mais ação e menos propaganda enganosa.
Na tentativa de salvar os animais mais fracos, agricultores e pecuaristas tem uma árdua missão, utilizar os recursos naturais de uma caatinga - “mata branca”, cinzenta e composta, hoje, por uma vegetação seca, também conhecida por garranchos. As plantas mais resistentes como o mandacaru, o xique-xique e a palma forrageira já foram utilizados como alimento animal na maioria das propriedades de Quixeramobim. O tempo já se venceu, como costumam dizer os agricultores do sertão cearense. Mas, ainda resta uma esperança, embora que distante, o dia de São José (19 de março), para a confirmação da quadra invernosa, fonte de produção de alimentos e água para o homem e os animais. Depois disso, se a chuva não vier é abrir as porteiras e entregar a Deus!
Crisanto Teixeira – Jornalista.
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