terça-feira, 21 de agosto de 2012

Órgãos oferecem alternativa sustentável para alimentação de rebanhos em Ibaretama


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Os criadores de 14 municípios do Sertão Central e Região Metropolitana de Fortaleza, estão participando de cursos realizados pelo Sebrae.
O município de Ibaretama, no Sertão Central cearense, é um dos que está sediando um projeto piloto que busca garantir alimentação de qualidade para ovinos, caprinos e bovinos nas regiões mais castigadas pela seca no Ceará. Resultado de um trabalho desenvolvido graças à parceria do Sebrae e Sistema FAEC/Senar, junto aos Sindicatos Rurais, o projeto está disseminando o uso da Amonização como uma alternativa barata e viável à falta de pastagens tradicionais.

Amonização nada mais é que o uso de amônia anidra, obtida no fertilizante, e de uréia para melhorar o valor alimentício de vegetais originalmente não forrageiros, assegurando ração mais palatável, digestível, com maior valor nutricional. O mais interessante é que, para ela ser produzida usa-se vegetais originalmente não forrageiros e abundantes mesmo no seco solo do semi-árido cearense como o mata pasto, capins nativos, bamburral, junco, bananeira e carnaúba.

Outro dado relevante é que a amonização pode suprir em até 100% a alimentação dos rebanhos, ao longo de todo o ano, caso o material seja devidamente estocado. Além disso, mesmo a forragem estando seca e velha, pode ser perfeitamente usada, desde que combinada com palma forrageira, onde a fibra é zero mas a energia chega a 3.700 kcal ou, ainda, associada a óleos vegetais, a uma proporção de 5% da MS.

Para aprender a fazer a amonização, os criadores de 14 municípios do Sertão Central e Região Metropolitana de Fortaleza, estão participando de cursos realizados pelo Sebrae. Segundo Híder Fonteles, multiplicador da tecnologia, já foram realizados treinamentos em Quixadá, Paramoti, Barreira, Tejuçuoca e Apuiarés. Em Ibaretama, realizadas pelo Senar, estão sendo concluídas dez turmas e outras estão em processo de organização para o mês de agosto.

“O curso é dividido em três etapas. Na primeira, é feita a seleção do material e a sua preparação. Na segunda, é mostrada como se faz a amonização propriamente dita e, na terceira e última etapa, mostramos como ela deve ser usada”, esclarece. Quanto à receptividade, ele ressalta que tem sido enorme. “Um produtor muito feliz conseguiu resumir, na sua simplicidade, a importância do projeto. Ele me disse: “O melhor de tudo, o mais fabuloso, é que eu não preciso nem plantar nem cultivar para colher a forragem. É só aplicar a tecnologia e alimentar os animais.” Acho que ele explicou bem a eficiência e sustentabilidade do projeto”.

Agência Sebrae de Notícias.
FOTOS  VALMIR

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